Pix completa cinco anos e consolida posição como principal meio de pagamento do Brasil O Pix chega ao seu quinto aniversário neste domingo (...
Pix completa cinco anos e consolida posição como principal meio de pagamento do Brasil
O Pix chega ao seu quinto aniversário neste domingo (16) ocupando um espaço que poucos imaginavam quando começou a ser desenhado: o de meio de pagamento mais utilizado do Brasil. Criado pelo Banco Central (BC) e lançado oficialmente em novembro de 2020, o sistema de transferências instantâneas não apenas transformou a rotina financeira de milhões de brasileiros, como também atingiu marcas que ultrapassam o tamanho da economia nacional.
Só em 2023, o Pix movimentou R$ 26,4 trilhões, valor próximo ao dobro do PIB projetado para o Brasil em 2024. E o ritmo de expansão permanece acelerado: até outubro deste ano, as transações já somavam cerca de R$ 28 trilhões, segundo dados do Banco Central.
Para o diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do BC, Renato Gomes, o impacto do Pix vai além dos números. Em uma transmissão recente, ele destacou que a plataforma ampliou o acesso da população ao sistema bancário e incentivou a concorrência entre instituições.
“De um lado, o Pix reduziu os custos de distribuição de dinheiro. De outro, aumentou significativamente a base de clientes ativos e o consumo. E, como trouxe mais competição ao mercado de pagamentos, houve naturalmente uma redução de tarifas”, afirmou.
Evolução constante
Embora tenha sido criado inicialmente para facilitar transferências entre pessoas físicas, o Pix rapidamente ganhou novas funções. Entre elas estão o Pix Cobrança, alternativa digital ao boleto, e o Pix Automático, que funciona de maneira semelhante ao débito automático tradicional.
Hoje, aproximadamente 170 milhões de adultos e mais de 20 milhões de empresas utilizam o serviço , números que evidenciam o alcance da ferramenta em um país ainda marcado por desigualdades bancárias e tecnológicas.
Uma tecnologia inteiramente brasileira
A trajetória do Pix começou muito antes de sua estreia pública. As discussões técnicas tiveram início em 2016, e dois anos depois o Banco Central apresentou os requisitos essenciais do novo sistema. Em 2019, o BC desenvolveu a infraestrutura necessária e assumiu oficialmente a administração da plataforma, que só ganharia o nome Pix em fevereiro de 2020.
O lançamento ocorreu em duas etapas: primeiro, em 3 de novembro de 2020, com testes restritos a uma pequena parcela de clientes e horários limitados. A operação plena foi liberada no dia 16 de novembro de 2020, com funcionamento 24 horas por dia e abertura para todos que registrassem suas chaves.
Cinco anos de Existência
Neste aniversário de cinco anos, o Pix já se consolidou como peça central da economia digital brasileira. Com ampla adoção, custos reduzidos, alta velocidade e novas funcionalidades em desenvolvimento, o sistema se tornou símbolo de inovação e inclusão financeira no país.
Se o ritmo atual se mantiver, o Pix deve fechar 2025 ultrapassando a marca de R$ 30 trilhões movimentados em um único ano, reafirmando seu papel como uma das mais bem-sucedidas iniciativas tecnológicas já implementadas pelo setor público brasileiro.
