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Lula diz que vai incluir luta contra o feminicídio em “cada discurso”

Ricardo Stuckert / PR Após endurecer discurso a favor das mulheres, presidente promoveu encontro no Planalto com ministros e outras autorida...

Ricardo Stuckert / PR
Após endurecer discurso a favor das mulheres, presidente promoveu encontro no Planalto com ministros e outras autoridades para tratar tema
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu, na noite desta terça-feira (16/12), autoridades no Palácio do Planalto para reunião sobre prevenção e combate à violência contra as mulheres. Na abertura do encontro, o petista afirmou que continuará incluindo o tema nos discursos que fizer.

“Então eu queria dizer para vocês que além da quantidade de problemas que eu tenho todo santo dia, eu resolvi trazer mais esse problema para a minha cabeça. Eu falei para a Janja que eu vou assumir a responsabilidade de colocar a luta contra o feminicídio, a luta contra a violência contra a mulher, no meu dia a dia. Cada discurso que eu fizer, eu vou tocar nesse assunto”, declarou Lula.

O chefe do Executivo explicou que convocou a reunião para que cada um dos representantes dos Poderes presentes construam propostas e assumam o compromisso do combate à violência contra a mulher.
“Essa reunião aqui, ela não vai decidir nada. Ela vai apenas, sabe, a gente vai assumir o compromisso, cada um dos Poderes aqui. A gente vai preparar propostas para um pacto. Onde é que cada um pode ajudar, o que cada Poder pode fazer, para que a gente possa um dia sonhar em que não haverá violência do homem contra a mulher”, disse Lula.

O encontro terminou sem anúncios ou propostas apresentadas. De acordo com o Planalto, ele serviu para iniciar o debate sobre a pauta conjuntamente.

Entre os presentes, estiveram a primeira-dama, Janja Lula da Silva; o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin; a ministra do STF e presidenta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia; a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra; o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Herman Benjamin; o defensor público-geral federal, Leonardo de Magalhães; e a secretária nacional de Acesso à Justiça, Sheila de Carvalho.

Também participaram da discussão os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública); Camilo Santana (Educação); Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos); Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação); Marina Silva (Meio Ambiente); Márcia Lopes (Mulheres); Anielle Franco (Igualdade Racial); Macaé Evaristo (Direitos Humanos e Cidadania); e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais).

Os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), foram convidados mas não puderam comparecer em decorrências das sessões plenárias que acontecem nas respectivas Casas.
Discurso

Nas últimas semanas, o petista tem endurecido o discurso sobre o papel dos homens na sociedade, na esteira de casos recentes de violência e feminicídio que repercutiram ao redor do país — como o de um homem preso em flagrante em Pernambuco pela suspeita de provocar um incêndio que matou a companheira e os quatro filhos do casal.

Lula chegou a dizer, em fala anterior, que “vagabundo que bate em mulher não precisa votar em mim”.

Em discurso durante a 13ª Conferência Nacional dos Direitos Humanos, na última sexta-feira (12/12), o titular do Planalto cobrou uma responsabilização das redes sociais acerca de publicações com conteúdo de ódio presentes em plataformas.

Na ocasião, ele defendeu que as plataformas invistam em tecnologias de moderação de conteúdo para evitar a circulação em massa de conteúdos contra as mulheres ou que incitem algum tipo de violência.

Por Alice Groth -Metrópoles