IBGE: Brasília registra PIB de R$ 365,7 bilhões em 2023 e se consolida como o 3º maior do país entre os municípios A economia brasileira m...

A economia brasileira manteve um alto grau de concentração regional em 2023, apesar de sinais graduais de desconcentração ao longo dos últimos anos. De acordo com o estudo PIB dos Municípios, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 25 municípios foram responsáveis por 34,2% de toda a riqueza produzida no país, o que corresponde a aproximadamente R$ 3,74 trilhões.
O cenário se amplia quando considerados os 100 municípios com maior produção econômica. Juntos, eles concentraram 52,9% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, somando cerca de R$ 5,78 trilhões em 2023. Embora o volume seja expressivo, os dados mostram que a participação desses grupos diminuiu em relação a 2002, quando os 25 maiores respondiam por 39,9% da economia e os 100 primeiros por 58,5%. O movimento indica um crescimento gradual da importância econômica de outras cidades ao longo do período.
Entre os 25 municípios com maior PIB em 2023, 11 são capitais, o que reforça o peso dos grandes centros administrativos, financeiros e industriais do país. As três primeiras posições do ranking permaneceram inalteradas em comparação ao ano anterior. São Paulo segue na liderança absoluta, concentrando 9,7% do PIB brasileiro, seguido pelo Rio de Janeiro, com 3,8%, e por Brasília, que responde por 3,3% da produção nacional.
Um destaque do levantamento é Maricá (RJ), que ocupa a quarta posição, com 1,2% do PIB do país, impulsionada principalmente pela arrecadação ligada à exploração de petróleo. Na sequência aparecem Belo Horizonte (MG) e Manaus (AM), ambos também com participação de 1,2%. O grupo dos 25 maiores é dominado por municípios das regiões Sudeste e Sul, com forte presença do estado de São Paulo, que concentra dez cidades no ranking.
O estudo aponta ainda mudanças pontuais na composição da lista em 2023. Betim (MG) passou a integrar o grupo dos 25 municípios com maior PIB, enquanto Itajaí (SC) deixou o ranking. Quando excluídas as capitais, a maioria das cidades com maior peso econômico está concentrada nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, evidenciando a centralidade dessas unidades da federação na dinâmica econômica nacional.
Apesar da redução da participação relativa dos maiores municípios ao longo das últimas décadas, os dados do IBGE mostram que a economia brasileira ainda é fortemente concentrada. Mais da metade da riqueza produzida no país continua nas mãos de um número limitado de cidades, mesmo com o avanço gradual de outros municípios no cenário econômico nacional.
Da Redação do Direto do Congresso