Os alunos da Escola Classe 708 Norte ficam ansiosos pela hora da merenda, curiosos para saber o que será servido; refeições balanceadas e nu...
Os alunos da Escola Classe 708 Norte ficam ansiosos pela hora da merenda, curiosos para saber o que será servido; refeições balanceadas e nutritivas são elogiadas pelos estudantes. Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília
Com foco na segurança alimentar, na sustentabilidade e no fortalecimento da agricultura familiar, o Governo do Distrito Federal (GDF) destina, em 2025, mais de R$ 222 milhões para a aquisição de alimentos que compõem a merenda escolar da rede pública. O investimento beneficia cerca de 400 mil estudantes em todo o DF e garante, além de uma alimentação nutritiva e diversificada, um impulso importante à economia local.
Desse montante, R$ 53,4 milhões já foram pagos, sendo R$ 12,3 milhões destinados exclusivamente a produtos oriundos da agricultura familiar – o que representa 23,09% do valor já executado. Ao todo, 825 famílias de agricultores estão sendo beneficiadas por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que além de fomentar a economia rural, assegura a distribuição gratuita de alimentos a pessoas em situação de insegurança alimentar.
Segundo dados da Secretaria de Educação do DF (SEEDF), as escolas públicas já receberam este ano 2.164 toneladas de alimentos não perecíveis e 6.399 toneladas de alimentos perecíveis. Destas, 2.481 toneladas são provenientes diretamente da agricultura familiar. Os contratos firmados incluem 14 voltados ao fornecimento de frutas, legumes e verduras; um de queijo e manteiga; e outros 32 de produtos diversos.
Qualidade e cuidado com a alimentação
Camila Beiró, diretora de Alimentação Escolar da SEEDF, destaca o compromisso do GDF com a qualidade dos alimentos oferecidos: “A maioria dos produtos são in natura ou minimamente processados. Apenas 3% possuem algum tipo de aditivo ou corante. Nossa alimentação vem direto do campo para o prato dos estudantes, com uma variedade grande de proteínas, incluindo carne suína, frango, carne vermelha e ovos”.
Além disso, o programa garante que estudantes em situação de vulnerabilidade recebam pelo menos duas refeições diárias – mesmo em áreas rurais –, promovendo segurança alimentar e nutricional de forma abrangente.
A diretora ressalta ainda o impacto positivo na economia local. “O DF investe seis vezes mais do que o Governo Federal nesse setor. É um recurso que permanece no território, gira a economia e atende todas as metas do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação)”, afirma.
Alimentação como apoio ao aprendizado
Na Escola Classe 708 Norte, localizada na Asa Norte e com 355 alunos matriculados, a diretora Viviane Costa Moreira observa diariamente os impactos positivos da alimentação de qualidade. “Muitos estudantes têm na merenda escolar a principal refeição do dia. Eles vêm de outras regiões administrativas porque os pais trabalham aqui no Plano Piloto. Garantir uma alimentação saudável para esses alunos é garantir dignidade e condições para o aprendizado”, comenta.
A personalização do cardápio é outro ponto de destaque. Em média, 546 mil refeições são servidas por dia, com opções adaptadas para alunos com restrições alimentares, como intolerância à lactose ou diabetes. O planejamento envolve nutricionistas, gestores e merendeiras, num trabalho técnico e multidisciplinar que começa muito antes da comida chegar ao prato.
Viviane observa que o impacto é não apenas físico, mas também educativo. “Os alunos vão mudando os hábitos alimentares aos poucos. Os do primeiro ano, por exemplo, costumam resistir no início a legumes e verduras, mas ao verem os colegas comendo, passam a aceitar melhor os alimentos”, explica.
Sustentabilidade, saúde e futuro
Com um cardápio equilibrado, investimentos robustos e ações sustentáveis, o GDF transforma a merenda escolar em um instrumento de promoção da saúde, da cidadania e do desenvolvimento regional. A iniciativa vai além de alimentar: ela educa, cuida e prepara os alunos para um futuro com mais consciência alimentar e ambiental.
Redação Direto do Congresso *Com informações da Agência Brasília